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Yeah-yeah-yeah!
Você talvez não saiba, mas sou um beatlemaníaco. Sou um daqueles que teve o privilégio de crescer conhecendo, esperando por,…
Você talvez não saiba, mas sou um beatlemaníaco. Sou um daqueles que teve o privilégio de crescer conhecendo, esperando por, e comprando os álbuns dos Beatles nos seus lançamentos. Só quem viveu sabe o que foi aquilo!
Eu tinha sete anos quando ganhei o meu primeiro disco – “Meet the Beatles”, ou “Beatlemania” como foi chamado por aqui – e fui amadurecendo a cada novidade: Ficaram mais cabeludos? John usa óculos? Óculos redondinhos? Cadê as franjinhas? Terninhos foram para o armário? Roupas coloridas? Tudo, absolutamente tudo, me chamava a atenção, nada me escapava. Bem, as capas, então, foram um fenômeno à parte, vistoriadas nos mínimos detalhes… Essas capas certamente influenciaram o meu desejo e prazer ao fazer centenas de artes para discos anos mais tarde.
Por isso, sempre que posso, coloco uma pitada de Beatles nos nossos projetos da CRAMA. Em algumas oportunidades, as referências são mais que diretas, são verdadeiras homenagens, como no caso das capas para o Zé Ramalho, Trio Calafrio, releituras para Álbum Branco, Abbey Road e 2 DVDs de shows oficiais dos Beatles. Quando eu imaginaria que um dia faria uma capa para um produto deles, os Fab Four?!
Porém, só agora, décadas depois, pude refletir sobre um ponto que nunca questionara. Concluí que, embora sempre tenha preferido os últimos discos (talvez por coincidir com minha descoberta da vida) – do estranho (na época) Sargent Pepper’s, passando pelo eclético Álbum Branco e o magistral último disco gravado pela banda – Abbey Road, pude inventariar minha alma e descobrir que a fase musical yeah-yeah-yeah realmente deixou os registros mais profundos e impactantes.
Ricardo Leite, Sócio-fundador CEO